Mãos
Olho para as minhas mãos, há muito elas perderam a textura e a leveza da mocidade. Elas performam como sempre o fizeram, porém em rítmo mais lento ou cuidadoso. As manchas afloraram sem pedir licença e as rugas passaram a dominar em todas as direções.
Olho para as minhas mãos e não as conheço mais, apenas a sensibilidade do toque permanece. Elas mostram com uma autenticidade incrivel e impiedosa a soma dos anos já vividos. Minhas mãos ainda não tremem, capazes de escrever, cuidar e cozinhar, eu me orgulho delas. Aos 81 anos que poderia eu ter feito para preservá-las?
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