quinta-feira, 3 de março de 2011

cotidiano

Dieta lembra minha infância. Naquele tempo dieta era coisa que eu não entendia, obrigatório apenas para a mulher quando paria. A coitada passava quarenta dias a caldo de galinha!
Hoje, a dieta seleciona tudo o que é delicioso seja doce ou salgado, na lista dos proibidos em qualquer idade. Eu fico dividida entre a gula de comer o que gosto e o respeito à saúde. As limitações da idade me levam a outros caminhos, há sinais de pode ou não pode em todas as direções. Quando lá na fazenda matava porco, lembro minha mãe apurando a banha, fazendo a linguiça, a carne de porco com polenta, os assados e o torresmo. A mesa era comprida, a família era grande e o banquete sem nenhuma restrição. Agora com o nada pode só de lembrar parece pecado. E os ovos? Quanto falar dos ovos! Para uns podem, para outros não. E o castigo  continua pra quem gosta de carne vermelha. A  vedete da refeição é a soja. Em seguida temos a quinoa e  a linhaça,   conquistando o mercado das dietas. Tudo isso sem mencionar os rótulos diets e lights. Como esquecer as batatas fritas, o bacon, o chocolate e os pudins? Nada posso comer, nada posso beber, até o leite foi excluído.
Volto a pensar nos meus avós, naquele tempo feliz que eu raspava as panelas, lambia a tigela dos bolos e tudo era alegria. Cheguei à conclusão que a melhor dieta é viver sem stress.

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